Atualmente, o combate ao racismo, à homofobia e ao machismo no ambiente de trabalho é um assunto muito recorrente no mundo corporativo. No entanto, o etarismo ainda é um tópico que precisa ser discutido dentro da maioria das organizações.
Também conhecido como idadismo ou ageísmo, esse é o termo utilizado para se referir à discriminação contra indivíduos ou grupos etários com base nos estereótipos de idade. O etarismo pode atingir qualquer faixa etária, entretanto, quando falamos sobre discriminação associada à idade no ambiente de trabalho, as pessoas com mais de 50 anos são as mais afetadas.
A seguir, falaremos mais sobre o tema e daremos dicas de práticas que podem ser adotadas pelas organizações a fim de manter uma cultura que combata esse tipo de preconceito. Continue a leitura para saber mais!
Engana-se quem pensa que os jovens adultos que acabaram de sair da faculdade e não têm experiência alguma são as pessoas que mais sofrem para encontrar um emprego. Na verdade, as pessoas idosas ou acima de 50 anos representam o grupo que mais sofre com o etarismo.
Com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios elaborada pelo (IBGE), o estudo revelou que entre 2012 e 2019, a parcela da população com mais de 50 anos subiu de 23% para 28%. A previsão é que até 2040, 6 em cada 10 trabalhadores brasileiros tenham mais de 45 anos de idade. E ainda em 17 milhões de famílias brasileiras o sustento econômico fica por conta de pessoas com mais de 60 anos.
Infelizmente, ainda existe o estigma de que pessoas mais velhas têm pensamentos ultrapassados e não conseguem acompanhar as mudanças do mundo moderno. A verdade é que a sociedade não sabe lidar com o envelhecimento e isso acaba se refletindo no mercado de trabalho.
Além de serem mandados embora quando atingem certa idade, os colaboradores mais velhos dificilmente conseguem encontrar uma empresa que esteja disposta a contratar um empregado novo com idade acima dos 50 anos. Além disso, quando são admitidas, essas pessoas geralmente ocupam cargos inferiores.
Você provavelmente já deve ter escutado alguém dizer que o mundo está ficando mais velho. Isso porque o número de crianças e de adolescentes está diminuindo drasticamente, já que muitas pessoas estão optando por não ter filhos. Por outro lado, o número de idosos está aumentando exponencialmente. Com a elevação da qualidade de vida e com a preocupação com a saúde, a expectativa de longevidade entre os idosos cresceu nos últimos anos.
Segundo dados do IBGE, mais de 13% da população tem mais de 60 anos e a estimativa para 2031 é de que o número de idosos ultrapasse o total de crianças e de adolescentes. Esses números mostram a importância de a sociedade começar a encarar a velhice como algo positivo. As organizações precisam se livrar do preconceito criado contra pessoas mais velhas — caso contrário, em poucos anos, o mercado de trabalho começará a encarar uma escassez ainda maior de candidatos.
O envelhecimento cronológico não é um impeditivo para a realização das atividades físicas, intelectuais e cognitivas. Essa concepção preconceituosa está associada a construções sociais que foram criadas na época em que a expectativa de vida era de 60 anos de idade.
Hoje em dia, existem muitos recursos para que as pessoas envelheçam com saúde física e mental. Portanto, uma das melhores maneiras de combater o etarismo é disseminando informações pertinentes sobre o tema, como artigos que desmitificam a relação dificultosa entre idosos e tecnologia. Veja, a seguir, outras maneiras de evitá-lo no ambiente de trabalho:
Uma corporação que se preocupa em combater o etarismo terá muitas vantagens no futuro. Os colaboradores mais velhos são considerados mais tolerantes, experientes, responsáveis e fiéis à empresa. Portanto, faça questão de contar com esse tipo de perfil na equipe de pessoal, pois isso é essencial para uma organização que pretende crescer.
Gostou deste artigo? Achou o assunto interessante? Então, confira o nosso outro texto em que nós falamos sobre a importância de contar com gerações diferentes na empresa.
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